Primeira exposição após a morte do artista Nelson Leirner (1932-2020), “Parque de Diversões” oferece um mergulho na multifacetada e instigante obra do artista visual paulista. Famoso por utilizar meios e mídias pouco tradicionais, Leirner estudou engenharia têxtil e pintura ainda na década de 1950. O resultado dessa base é a construção de uma história versátil e bem-humorada. A mostra conta com 74 obras, entre objetos, colagens, pinturas e outros, e tem curadoria de Agnaldo Farias. A exposição, pensada especialmente para a CAIXA Cultural, concentra trabalhos produzidos nos últimos 20 anos da vida de Leirner. São trabalhos nos quais a ironia dá o tom. Ele fez sua carreira transgredindo regras desde o princípio, como artista e professor responsável pela formação de toda uma geração de artistas. Foi um dos principais nomes da vanguarda artística brasileira, influenciando gerações, mas sempre se esquivava de rótulos. Era disruptivo e criava com liberdade. Produziu arte apesar dela mesma, ou melhor, apesar da seriedade com que muitos a encaram; uma seriedade hipócrita, fingida, alheia às incongruências do mundo em que ela mesma está metida. No desenho curatorial proposto por Agnaldo Farias, estão presentes várias referências históricas do artista, com exemplares de séries e ações importantes realizadas nas décadas de 1960 e 1970. Estarão expostas obras em tapeçaria, técnicas mistas, colagens, pintura, fotografias e objetos.