Celebrando sua primeira década, a MARÉ reafirma seu propósito de unir cinema e educação ambiental para despertar consciências e inspirar ações coletivas. No cartaz, o desenho criado pela artista Daiara Tukano, traz símbolos sagrados do território indígena Tukano do Alto Rio Negro, que refletem espiritualidade, memória, natureza e renovação. A arte ganhou novas camadas de vida com a animação feita pelo artista Paulo Leonardo, que acrescentou movimento e luz, expandindo sua potência.

A curadoria deste ano é assinada por André Dib, que propõe uma confluência entre cinema, reflexão e sensibilidade. Para ele, diante das transformações sociais, políticas e estéticas que vivemos, é fundamental se perguntar: “O que pode o cinema?”. Cada programa reúne filmes que provocam debates intelectuais e convidam o público a experimentar novas formas de olhar o mundo, de maneira crítica, mas sem perder a ternura.

Dib compartilha ainda uma descoberta pessoal que atravessa sua experiência como curador: “Nos últimos meses, passei a me entender como PcD, me reconheci como pessoa autista. Entre as características desta condição, está a hipersensibilidade sensorial, ou seja, estímulos visuais e sonoros chegam a mim com mais intensidade do que para a maioria das pessoas. Toco nesse assunto pois espero que essa seja a minha principal contribuição na MARÉ: estar no mundo, olhos e ouvidos abertos, e compartilhar a oportunidade de ser possuído pela imaginação do cinema.”

A programação gratuita reúne exibições de curtas e longas-metragens, oficinas, experiências em realidade virtual, debates, homenagens e manifestos artísticos, celebrando 10 anos de cinema, arte e meio ambiente da MARÉ.

Confira a programação completa no nosso site.