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“Visto de cabeça para baixo, esse mundo torto pode ter jeito”, escreveu Sidarta Ribeiro em seu livro “Sonho Manifesto”, que foi um dos pontos de partida para a pesquisa e criação da peça “Sonho Elétrico”. Com texto e direção de Marcio Abreu e produção da companhia brasileira de teatro, que está completando 25 anos de atividades ininterruptas em 2025, o espetáculo tem o elenco formado pelos artistas Jesuíta Barbosa, Jessyca Meyreles, Idylla Silmarovi e Cleomácio Inácio.
Em "Sonho Elétrico", um artista e integrante de uma banda (Jesuíta Barbosa) é atingido por um raio. Em estado de coma, o protagonista navega pelo limiar entre vida e morte, explorando memórias, sonhos e a possibilidade de despertar para uma nova chance. A narrativa se desenvolve como um percurso sensível na mente de um artista, servindo como metáfora para a iminência do fim e as oportunidades de transformação que podemos ter enquanto comunidade planetária.
A peça, em diálogo com a obra e a interlocução de Sidarta Ribeiro, neurocientista, capoeirista e escritor brasileiro, tem como ponto de partida seu livro “Sonho Manifesto: Dez exercícios urgentes de otimismo apocalíptico”, no qual compartilha conhecimentos de cientistas, pajés, xamãs, mestras e mestres de saber popular, artistas e inventores que nos lembram da importância de sonhar e agir coletivamente para o futuro do planeta. Também é a continuidade da pesquisa da companhia brasileira de teatro sobre o sonho, a História e a memória, individual e coletiva, iniciada em seu espetáculo anterior AO VIVO [dentro da cabeça de alguém] (2024).
“O autor consegue articular através de uma linguagem direta e acessível um conjunto de proposições e de temas muito diversos, atuais e urgentes. Essa capacidade de diálogo com as pessoas e com a sociedade plural na qual vivemos é o principal ponto de convergência entre o pensamento de Sidarta Ribeiro e o que buscamos nessa peça: uma obra fundamental para consolidar a importância social da arte e seu potencial transformador, que revisita o passado e inspira ações para o futuro, agora”, comenta Marcio Abreu.
“Sonho elétrico" é uma pesquisa, criação e produção dos membros da companhia brasileira de teatro: Marcio Abreu, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria. Com uma equipe diversa de multiartistas e parceiros colaborativos da companhia, conta com as colaborações criativas de: Key Sawao, bailarina e artista da cena e que assina a direção de movimento da peça; trilha sonora original e direção musical do multiinstrumentista e compositor Felipe Storino, com colaboração da compositora e cantora Juliana Linhares; assistência de direção do ator, bailarino e pesquisador Fábio Osório Monteiro; figurinos do estilista e criador Luiz Cláudio Silva e seu Apartamento 03.
As apresentações de Sonho Elétrico no Recife fazem parte das ações do Projeto História, apresentado pela Petrobras por meio da Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal.
A Gênese do Projeto
"Sonho Elétrico" é fruto de um processo criativo que se desenvolveu a partir da plataforma Voo Livre, criada em 2023 pelos artistas e produtores Marcio Abreu, Cássia Damasceno, Nadja Naira e José Maria. A relação da companhia brasileira com Sidarta Ribeiro e com temas relacionados ao sonho vem se desenvolvendo em diversos momentos, desde as pesquisas para a criação da peça "Sem Palavras", que estreou na França em setembro de 2021. O neurocientista participou de três momentos importantes da plataforma: primeiro, em cena, no acontecimento "Voo Livre - Futuros", em outubro de 2023 no Teatro de Arena do Sesc Copacabana, Rio de Janeiro. Em junho de 2024, volta à cena na reedição de "Futuros" no Teatro do Sesc Pompéia, em São Paulo. Nesta ocasião, Sidarta também colaborou na residência artística "Voo livre – Sonho Manifesto", direcionada a 30 jovens artistas de linguagens diversas, no Galpão do Sesc Pompéia, orientada por Marcio Abreu e a companhia brasileira de teatro, junto a artistas convidados como Key Sawao, Cristina Moura, Kenia Dias e Helena Vieira. E numa terceira edição já chamada de Voo livre - Sonho Elétrico, no CPT - Sesc Consolação, como convidado e palestrante, com a equipe criativa do espetáculo e mais 15 artistas assistentes.