Desde o dia 1 de junho o Brega se tornou patrimônio cultural imaterial do Recife. O

movimento Brega para chegar até o patamar de patrimônio, passou por um caminho

de muita luta e resistência, dentro e fora das periferias. Hoje pode-se dizer que é um

grande fenômeno, a prova disso é que em 2023 o palco principal do Marco Zero, no

carnaval do Recife, teve uma noite com as personalidades do Brega.

O Brega é um movimento que não só se move entre os gêneros, sendo ele brega

romântico, brega funk ou mesmo brega-pop, mas se move entre as periferias, entre

a cidade, entre os corpos e todo aquele que está de ouvidos abertos. Atravessado

por diferentes influências, ocupa lugar de destaque na cena cultural recifense com

diversos pontos de propagação que estão nos bares, casas de show, polos culturais,

nas ruas da cidade.

É nesse conceito que a turma do 6o período do curso de Museologia da Universidade

Federal de Pernambuco – UFPE, abre as portas do Centro de Design, equipamento

cultural da Prefeitura do Recife, localizado no Pátio de São Pedro – Centro do Recife,

de 3 de março a 30 de abril, propondo diferentes olhares sobre o Brega a partir de

suas materialidades e expressões, mas sobretudo dos sujeitos (personalidades,

cantores, ouvintes) que fazem esse movimento conquistar tantos espaços.

As programações da exposição

Contamos com atividades durante toda a exposição, de março ao final de abril, com

recebimento de público para ações educativas e rodas de conversas. Buscaremos

discutir, relacionar e conversar sobre o brega e suas múltiplas percepções, trazendo

artistas que o produzem para expor sua vivência dentro do movimento.

Todo Mundo é Brega tem por objetivo tocar a memória das pessoas que viveram ou

vivenciam o brega em Recife de alguma maneira, da carochinha de CDs piratas,

vídeos nas redes sociais até as casas de shows.